Quem não deseja encontrar a carreira dos sonhos? A tão desejada profissão, que não só ofereça o ganho financeiro, mas, que seja fonte de motivação e realização pessoal? Sem dúvida, este é o sonho de consumo de todos nós.
A escolha profissional é uma das mais importantes escolhas da vida, mas infelizmente, muitas pessoas tropeçam ao passar por este processo.
Atente-se aos principais erros cometidos na hora da escolha profissional:
1) Negligenciar o autoconhecimento – É preciso me conhecer primeiro. Saber quais os meus gostos, interesses, habilidades, personalidade, para depois encontrar os cursos que vêm de encontro com o meu jeito de ser. Para isso, leva-se algum tempo. O autoconhecimento se constrói no nosso dia a dia com as nossas experiências. Porém, nem sempre esse conhecimento está consciente, ou seja, claro em nossas mentes. Neste caso, haverá a necessidade de maior reflexão da nossa parte, para descobrimos quem e como somos realmente. Podemos dizer que escolher uma profissão é também desenhar um projeto de vida. Antes de tudo, preciso definir que estilo de vida eu quero ter. Por ex. Quero ter a vida de um atleta, advogado ou produtor de eventos?
2) Atender às expectativas do outro / Financeiro – (Olhar para “fora” e não para “dentro”) – Talvez, o grande peso da escolha profissional recaia sobre as expectativas depositadas nela, por nós, e, por aqueles que nos rodeiam, (pais, amigos, professores…). Certamente, muitos sentimentos e emoções serão envolvidos neste processo. Frequentemente, valoriza-se mais os aspectos externos do que os internos na hora da escolha. Os principais motivos que levam os vestibulandos a escolherem um curso e, não outro são: primeiro o ganho financeiro e o “status” atribuído à carreira, depois, o atendimento das expectativas, (dos outros) e, os cursos mais buscados ou da moda. O mais importante, que seria o significado pessoal do trabalho, valores e características pessoais acabam ficando em segundo plano. Não que não se deva ponderar o aspecto financeiro, mas, se nos pautarmos somente nele, corremos o risco de nos decepcionarmos com as oscilações do mercado, ou ainda, sermos bem sucedidos financeiramente e infelizes profissionalmente.
3) Falta de amadurecimento profissional – pode ser que o estudante tenha um bom nível de autoconhecimento, mas ainda não tenha amadurecimento profissional suficiente para escolher. Não se vê exercendo nenhuma profissão, não explorou satisfatoriamente informações sobre os cursos, rotinas, mercado de trabalho, etc. Em alguns casos, não se deu ao trabalho de conhecer e analisar em detalhes, a grade curricular do curso pretendido, o que acaba provocando desistências e trocas de curso no decorrer do percurso. A quantidade de cursos ofertados pelo mercado, também pode aumentar a indecisão e a insegurança na hora da escolha.
4) Ter pressa ou simplificar o processo de escolha – Já ouviu dizer que a pressa é inimiga da perfeição? Pois é! Aplica-se perfeitamente à situação de escolha profissional. Muitos vestibulandos consideram-se “corajosos”: “Ah, fui com a cara e a coragem. Não pensei muito e, escolhi”.
Não dar a devida importância ao processo de escolha profissional é um erro gravíssimo. Ter pressa significa não se preocupar com o futuro. Para alguns estudantes e seus pais, é mais importante não “perder” o ano parado, (sem estudar), do que ser mais cuidadoso com a escolha do curso.
5) Insegurança pessoal – Algumas pessoas não conseguem fazer uma escolha acertada, porque não têm segurança em relação a si mesmas. Não dá para controlar o incontrolável. Hoje, o mercado de trabalho pode estar propício a determinada área e, amanhã, tudo mudar. São os riscos do mercado e/ou do negócio, que devemos assumir ao escolher aquela profissão. As pessoas ficam numa constante briga interna. Será que não vou ter problemas com esta profissão? Será que escolhendo aquele outro curso, vou ter mais garantias? Precisamos nos “bancar”, ou seja, termos a autoconfiança necessária para enfrentar as dificuldades impostas pela carreira escolhida.
O processo de escolha profissional vivenciado com responsabilidade, como algo pessoal e intransferível, esclarece dúvidas importantes e, minimiza possíveis erros, ao contrário da escolha impulsiva.
Como o processo é longo e, demanda alto nível de reflexão, pode ser que sinta a necessidade de contar com o apoio de um profissional, o Orientador Profissional. Ele será uma espécie de “guia” que explorará alguns pontos não percebidos.
É isso! Fazer a escolha profissional é realizar uma “descoberta pessoal” e, não uma corrida contra o tempo.
Coragem e, bom trabalho!
Eliane Orte André
Psicóloga Clinica, Orientadora Profissional e Consultora – CRP: 06/53384